Expedição Salar Uyuni - Bolivia

19 à 27 de Setembro de 2014

 

 

No mês de setembro deste ano, duas turmas do Liberdade Vigiada

realizaram mais uma grande Expedição Motociclistica.

 

 

 

 

A primeira turma saiu no dia 6 e a segunda no dia 19.

 

 

Segue relato da 2o.Turma:

Por: Luciano Guedes

 

 

 

 

Pessoal:

 

 

 

Nossa Expedição está indo muito bem! Segue um resumo:

Dia 19:  saída rumo Corrientes/Argentina

 

 

 

 

 

Pegamos um chuvisco nem capa usamos rodagem muito boa.

 

Foram 3 paradas para abastecer.

 

Chegamos 16:30 em Corrientes.

 

Tivemos dificuldades para achar hotel mas conseguimos.

 

Foram 1.000 km rodados.

 

 

 

 

 

 

 

 

Dia 20: Corrientes para Salta/Argentina.

Saímos 8:00, dia de atravessar El Chaco.

 

Região quente e de longas retas, estava pior...muitos buracos e desvios de reformas, isso

fez mudarmos de idéia e ao invés de ir para Tilcara, paramos em Salta.

 

 

 

 

 

 

 Descansamos num ótimo Hotel no centro

perto da badalada Av.Balcarce.

 

Foram 860 km rodados.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Dia 21:  Salta/Argentna à Tupiza/Bolívia.

O grande dia, entrar na Bolívia !

 

 

 

 

 

 

Saímos 10:00, bem tranqüilos, dia bonito 20-23 graus.

 

Estradão com curvas e subidas, começamos a pegar altitude acima de 3.000 metros.

Chegamos em Lá Quiaca/Argentina com Villazon/Bolívia por volta das 16hs.

 

 

 

Meu Deus! A Fronteira mais confusa que já passamos!!

 

 

 

 

 

 

Vai pra cá vai pra lá carimba aqui ali...depois de quase 2 horas conseguimos entrar e ainda

no outro lado nos pediram $, algo como 5 reais de cada um...polícia da Bolívia.

 

 

 

A estrada até Tupiza é 10! Que curvas!

Rodados 470 km

 

 

Dia 22:  Estamos saindo para o Salar de camionetes.

 

 

 

 

 

 

 

Dia 22: Saímos 8hs com as camionetes Toyotas especiais para encarar

o terreno que vinha pela frente, muita curva e altitude!

 

 

 

 

Para terem uma idéia, parece a Serra Rio Rastro de chão ruim e altitudes até 4.500 m.

 

 

Deu para dar uma enjoada básica do efeito altitude, "mal da puna".

O Marocco é o que menos senti a altitude.

 

 

 

Fomos direto para La Quebrada. Montanhas com formações rochosas muito

diferentes, depois seguimos ao alto até uma mineradora de prata.

 

 

 

A seguir paramos num marco do salar, local onde tem o monumento em homenagem

ao Rally Dakar e onde deixamos nossa marca: bandeira do Motogrupo.

 

 

 

 

 

 

Quase final da tarde e muito frio chegamos no hotel de sal El Coral, já no Salar Uyuni.

Energia de gerador até 22:00, banho 10 bolivianos = 4 reais, e máximo em 8 minutos.

 

 

 

Detalhe, as refeições do dia eram feitas pela cozinheira que ia numa das 2 camionetes

que locamos e era ao ar livre a bóia e banheiro também ...

 

 

 

 

A janta foi servida preparada por nossa cozinheira.

 

 

 

Nesse dia só tinha quarto com 6 acomodações onde ficaram a maioria e o

Querotti e Marocco ficaram num outro com 4 turistas europeus, 2 casais.

 

 

 

Dia 23: Saímos 5hs para o centro do salar que tem 12 Km2, para assistir o amanhecer.

 

 

 

Valeu madrugar ... lindo.

 

 

 

Seguimos para Isla Pescado, uma das ilhas do salar com cactos

até 10m de altura, outro espetáculo da natureza.

Estava bem frio, 2,5 graus.

 

 

 

Nesse local tomamos café ao ar livre, junto com nossos guias.

 

 

Seguimos para Cidade de Uyuni.

 

 

Pegamos mantimentos e seguimos em direção ao cemitério dos trens, sem graça, seguimos

então para as montanhas e passamos no ultimo atrativo do dia a "mão de Deus"

formação natural em firma de mão no alto da montanha, legal.

 

 

 

 

Muito cansados e empoeirados tocamos até Tupiza para o Hotel La Torre.

Antes paramos na estrada e fizemos uma oração coletiva com nossos guias e cozinheira.

Também deixamos um "regalo" para eles.

 

 

 

 

Agradecemos os dias maravilhos. 

Rodados nos 2 dias = 600km

 

 

 

 

 

 

 

 

Relato do Marocco:

 

 

EXPEDIÇÃO SALAR DO UYUNI - 6o. dia

 

Acordamos as 4hs para partir de Tupiza/Bolívia as 5hs.

 

 


Estava organizado uma manifestação de bloqueio de entrada e

saída da cidade, por tempo indeterminado.

 

 

Reivindicavam asfaltamento entre Tupiza e Atocha.

 

 

 


Chegamos na fronteira as 7hs e pegamos uma operação tartaruga dos aduaneiros da Argentina.

Com ameaça de paralização das atividades após o meio dia.

 

 

 

Após muita insistência, nos liberaram as 10:50.

 


Após quase 4 horas de aduana de estresse, que comprometeu nosso dia,

partimos de La Quiaca em direção a Cafayate/Argentina.

 

 


Na chegada da capital Salta, em virtude do horário avançado, reunimos

para decidir ficar ou ainda continuar viagem rumo a Cafayate.

 


O espírito de motociclista e aventureiro venceu por continuarmos a viagem.

 

 


O mesmo Deus que nos havia livrado de dois bloqueios pela

manhã nos reservaria uma surpresa para a tarde.

 


Viajamos na hora mais linda do sol, em uma das estradas mais

lindas que todos nós já havíamos passado.

 


A magia da estrada recompensou e retirou todo o estresse

que havíamos passado anteriormente.

 


Nos encontramos com o último integrante da viagem, FIRBINHA, já em Cafayate.

 

Fomos à forra no jantar, cabrito assado.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

EXPEDIÇÃO SALAR DO UYUNI - 8o. dia

 

 

 

Neste dia, saímos de Cafayate muito cedo, pra fazer quase mil quilômetros.

Saimos ainda escuro.

 

 

Quando chegamos em Salta, em virtude do alto fluxo, o carro de apoio se perdeu das motos.

Numa rota alternativa, as motos acabaram rodando quase 100 km a mais.

Fomos nos encontrar novamente 400 km depois em San Martin.

Finalmente todos juntos seguimos viagem.

 

 


Infelizmente a 380 km de Corrientes, uma quebra inexplicável, perdemos uma moto.

 


Numa reta, com pouca velocidade, a moto quebrou.

 

O excelente piloto e muito experiente, soube parar sem que

nada de mal fisicamente o acontecesse.

 

 


Inexplicável aos nossos olhos. 

 

 

Todos os dias, antes de partir, juntava o grupo de mãos dadas

agradecíamos e pedíamos a proteção de Deus.

 

 

Deus sempre esteve no comando.

 

 

 


Esta mesma moto e piloto já fizeram curvas fechadíssimas, nesta

viagem com despenhadeiros para os dois lados.

 

Se a mesma quebra fosse numa curva, podíamos estar

sem este menino de ouro, companheiro inigualável.

 


Todas as vezes que penso nisto, as lágrimas me vem aos olhos.
Graças a Deus que foi só a moto que ficou.

 

 


Após isto, seguimos viagem, mas todos consternados com a dor de deixar uma parte de nós.

Só pra esclarecer, a moto faz parte de nós. Não somos inteiros sem ela.

 

 

 


Outra coisa, sempre estava faltando uma moto rodando no grupo.

Por mais que soubéssemos que o piloto estava rodando conosco no carro de apoio.

 


Neste momento eu estava pilotando e sempre buscava o meu parceiro rodando comigo.

 


Chegamos no hotel em Corritentes as 22hs.

Foram 16 horas montados.

 


Como arrancamos à noite, nos perdemos das motos e depois

passei a pilotar, não tive tempo de fazer registros.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

No último dia de viagem, antes de sairmos, o piloto Rogério fez um depoimento emocionado

que contagiou a todos, como fizemos todos os dias antes de rodarmos.

 

 

 

Até agora ainda ecoa suas palavras.

 

 

 

 

Partimos de Corrientes de volta pra casa.

Quase 1.000km.

 

 

 


Tenho certeza que todos os pilotos tiveram seus momentos de reflexão dentro do seu capacete

com toda a emoção que estávamos, somado a saudades das nossas famílias.

 

 

 


Passamos a fronteira muito rápidamente e a viagem rendeu bastante.
No meio da tarde tivemos surpresas.

 

 

 


Nosso amigo Firbinha tinha ficado com a moto estragada antes de

Foz do Iguaçu 250 km, ainda na Argentina.

 

 

 

Felizmente a moto já está indo de tranportadora e ele de avião pra casa.

 

 

 


No mesmo momento percebemos que a correia da moto do

Querotti precisava de esticamento, regulagem feita.

 

 


E também que o Luciano estava com o pneu no arame, faltando 400 km pra chegar em Guaíba.

Esvaziamos o peso da moto com o carro de apoio e seguimos viagem, num ritmo moderado.

 

 

 


Felizmente chegamos bem em Guaíba as 21:15.

 

 


Nos despedimos e cada um para sua casa matar a saudade dos seus

com os "regalos" na mochila e o coração cheio de carinho.

 

 

Certeza que todos tiveram uma excelente recepção.

 


Final de uma viagem maravilhosa em todos os sentidos:


Tivemos várias lições de vida.
Tivemos várias lições espirituais.


Nos tornamos cada vez mais amigos.
Voltamos revigorados mentalmente.

 

 

 


O que a retina dos olhos registraram nunca mais se apagará da memória
.

 

 

Percorrido: 5.600km