Rota das Pedras e Missões

01 à 03 de Junho de 2011 - RS

 

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Paulinho Curva rodou muito nos três primeiros dias de suas férias.

Veja seu relato:

 

 

Aproveitei os 3 primeiros dias das minhas férias para rodar bastante.

Foram aproximadamente 1.400km.

 

 

 

 

 

Visitei as cidades de Ametista do Sul e São Miguel das Missões.

Foi bem legal...estava precisando disso.

 

 

 

 

 

Em Ametista do Sul me hospedei no Hotel das Pedras.

 

 

 

Hotel muito bonito, todo decorado com pedras do tipo Ametista, Citrino entre outras...

 

 

 

 

Fui muito bem recebido pelos donos do hotel, que demonstraram toda aquela

hospitalidade que estamos acostumados a receber nas pequenas cidades.

 

 

 

 

 

 

A cidade em si é bem simples.

O acesso é ruim, mas estão arrumando as estradas até lá, creio que isso vai alavancar o turismo.

 

 

Motos como a minha sofrem nos paralepípedos da cidade, mas é só andar mais devagar e não ter pressa.

 

Outra coisa: Só tem agencias do SICREDI e BANRISUL na cidade.

Foi a primeira cidade que visitei que não tem Banco do Brasil.

 

Então se for pra lá, se previna.

 

 

 

 

 

 

Levei aproximadamente 7 horas e meia para chegar a Ametista do Sul

Fiz o percurso de aproximadamente 550km, com algumas paradas para fotos e também um rápido lanche.

 

 

 

 

Perdi uns 20min em Venâncio Aires (fui por Charqueadas)...

 

 

 

 

 

 

Peguei alguns pontos com muito nevoeiro e frio. Parei na estrada para colocar umas

alpargatas de lã pois os pés gelaram mesmo com dois pares de meia.

 

 

 

 

Peguei trânsito intenso de caminhões, além disso vários pontos com obras na

estrada o que causou alguma demora e lentidão em alguns trechos.

 

 

 

 

 

 

Na estrada vi um cara montando umas estruturas metálicas de um parque aquático.

Retornei e conversei rapidamente com ele.

 

 

 

 

O parabenizei pelo belo trabalho...

Vejam a moto que ele estava montando no momento em que passei.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Peguei belas imagens do nevoeiro sobre algumas montanhas.

Ao vivo é bem mais bonito...

 

 

 

 

 

 

 

Nosso Rio Grande do Sul tem lugares incríveis !

 

 

 

 

 

 

 

Ao chegar na cidade de Ametista do Sul, fui direto ao hotel e larguei as coisas.

 

 

Logo em seguida fui visitar os pontos turísticos os quais já tinha montado no meu roteiro.

 

 

 

 

 

 

 

 

A minha primeira parada foi na Igreja das Pedras

Arcanjo São Gabriel

 

 

 

Cujas paredes estão revestidas com mais de 47 toneladas de ametista.

 

 

 

 

 

 

Há outros ornamentos em pedra como a pia batismal, cujo

tamanho vocês tem noção na foto comigo ao lado dela.

 

 

 

 

Alguns pavões vivem soltos na praça ao lado da igreja.

 

 

 

 

 

 

Visitei a Pirâmide das Pedras que fica na frente da igreja.

 

 

As paredes internas são revestidas de ametista, porém eles estavam em obras.

Por isso só tirei foto de fora, pois dentro não tinha muito o que ver.

 

 

 

 

 

 

 

 

Três crianças com no máximo 12 anos que estavam saindo de uma escola próxima gostaram da minha moto.

Ficaram me perguntando um monte de coisas.

 

 

Dei atenção para eles e ficamos batendo papo por uns 20 minutos.

No final dei alguns adesivos do grupo para eles, firam eufóricos....he!he!he!...

 

 

 

 

 

Depois segui para o Museu das Pedras no Ametista Parque.

Onde conheci todo o belo acervo deles.

 

Tem pedras de todo o mundo, não apenas da região

(não permitem fotos do local).

 

 

 

Visitei uma mina que é aberta a visitação no próprio museu.

Essa mina está abandonada e eles a adaptaram para visitação.

 

 

 

 

Algumas curiosidades que a guia do museu me passou:

 

 

 

1 – As pedras são achadas a no máximo 35 metros no chão, levam

até 70 milhões de anos para se formar.

 

 

2 – A pedra Citrino é a mesma Ametista porém ela passa por um processo de

queima a 400 graus, o que a deixa com o tom amarelo queimado.

 

 

3 – A maneira que eles abrem as minas incluem explosões, o que era de se esperar porém fiquei

surpreso ao saber que a pólvora é feita artesanalmente pelos mineiros, não é industrializada.

 

 

4 – Quando eles abrem a parede e acham as pedras preciosas, eles fazem um pequeno

furo nelas e colocam uma lâmpada para dentro. Conforme a cor que dê, eles a tiram

da parede ou abandonam por não ter grande valor comercial.

 

 

5 - A previsão que as jazidas da região durem no máximo 70 anos.

 

 

Comprei algumas lembranças na loja do museu e voltei para o hotel.

 

 

 

 

 

 

 

Eram 18:30 quando fui lembrado pelo meu estômago que ainda não tinha almoçado.

 

Não tinha muitas opções de restaurante na cidade.

Acabei almoçando/jantando na rodoviária uma ótima alaminuta.

 

 

Voltei para o hotel, bati um bom papo com o dono e mostrei nosso site para ele.

 

Nesse primeiro dia, rodei aproximadamente 550km.

 

 

 

 

 

 

Passei nessa loja para comprar mais umas pedras.

Fui muito bem atendido pela moça que estava lá.

 

 

Aliás, o preço das pedras ali é muito bom.

Se soubesse disso antes, teria comprado menos no museu...

 

Eles não tem site, mas segue o e-mail para contato:

garlettpedras@brturbo.com.br

 

 

 

 

 

 

 

Peguei a estrada as 10hs rumo a São Miguel das Missões.

 

 

 

Para encurtar o caminho me obriguei a pegar aproximadamente 10km de chão batido, mas

relativamente bom....aliás melhor que os paralepípedos da cidade e com belas paisagens.

 

Por essa estrada, saí em Frederico Westphalen.

 

 

 

 

 

 

Até São Miguel foram aproximadamente 310Km percorridos em 4 horas e meia

 devido principalmente ao trânsito pesado e obras na via.

 

Chequei na cidade por volta das 14:30.

 

 

Bati algumas fotos no pórtico da cidade.

 

 

 

 

 

 

Tive mais uma surpresa ao chegar na pousada....ela era do lado do parque das ruínas de São Miguel.

 

 

Larguei minhas coisas e fui a pé para o parque onde estive por mais de

duas horas admirando, batendo fotos e filmando.

 

 

Construções arquitetônicas com quase 500 anos de história e mais de 20 anos como

Patrimônio Histórico e Cultural da Humanidade.

 

Para saber mais sobre os fatos históricos ocorridos neste local clic aqui.

 

 

 

 

 

 

Voltei para a Pousada, peguei a moto e fui na Fonte Missioneira.

Lugar onde a mais de 300 anos fornecia água para os habitantes das Missões.

 

 

Depois voltei para a pousada e descansei um pouco.

 

 

 

 

 

 

A noite, fui ver o show “Som e Luzes”.

Belíssimo espetáculo visual nas ruínas com duração de aproximadamente 45min.

 

 

Um detalhe:

 

Só tinha eu assistindo...era o único turista no local...não tinha mais ninguém

além é claro, dos funcionários do local e algumas corujas....he!he!he!

 

 

Aliás acho que eu era o único turista na cidade neste dia...he!he!he!...

 

 

 

 

 

 

Voltei para a Pousada, peguei a moto e fui jantar/almoçar.

Já eram mais de 8hs da noite.

 

 

Achei um restaurante no centro onde só tinha eu como freguês.

Restaurante e Churrascaria Kaipper Ely

 

A cidade estava vazia...toda minha...he!he!he!

 

 

 

 

 

 

Conversei com as duas donas, elas me prepararam uma alaminuta deliciosa.

 

Neste local, fiquei sabendo que a Fonte Missioneira foi descoberta a apenas 20 anos atrás.

Isso me fez pensar que deve ter bem mais coisas enterradas por lá a serem descobertas.

 

 

 

Depois do jantar, fui abastecer a moto e calibrar os pneus.

Cheguei na pousada por volta das 22hs.

 

 

 

 

Arrumei a bagagem e deixei tudo a mão, pois conforme a previsão

do tempo pegaria chuva no meu retorno para casa.

 

Nesse segundo dia rodei um total de 310km.

 

 

 

 

 

 

Terceiro dia: 3 de Junho

 

Acordei as 5hs da manhã com chuva forte na cidade.

Perdi o sono, fiquei olhando TV.

 

 

As 8hs fui tomar café.

 

Coloquei um adesivo do Liberdade Vigiada na porta de entrada da pousada

em ponto estratégico todos que passarem lá vão ver.

 

Tirei algumas fotos da pousada e fiz uma pequena filmagem do local.

 

 

Comecei a acomodar as coisas na moto para vir embora.

Saí de São Miguel por volta das 10:30.

 

 

 

 

 

 

 

Os primeiros 130km fiz disputando a pista com caminhões e muita lama vermelha na pista.

O que fez com que andasse mais devagar, levando praticamente duas horas para vencer esse trecho.

 

 

Vejam meu capacete totalmente sujo por conta do vapor de água com lama levantado pelos caminhões.

Agora imaginem como eu e a moto ficamos ...

 

 

 

 

 

 

Parei para almoçar em um posto de gasolina em Itaara, por volta das 13:30.

Quando entrei no restaurante todo mundo ficou me olhando.

 

Também, parecia um astronauta com toda a roupa de proteção e lavado de lama...

 

 

Aproveitei para lavar um pouco o capacete, limpar o painel e farol da moto, pois estava tudo tapado de lama.

 

 

 

 

 

 

Em Itaara, estive na frente do Museu Ufológico, mas como já esperava

estava fechado, mas pelo menos passei lá.

 

Me atrapalhei no trevo em Santa Maria, pois queria vir por Caçapava do Sul

Dei duas voltas erradas no mesmo ponto, depois confiei no GPS e me achei.

 

 

 

 

 

No retorno, comecei a sentir muito desconforto nas pernas e coluna.

 

Fiz 5 paradas para exercicios de alongamento.

 

Cheguei em casa depois de mais de 8 horas e meia nos quais foram

vencidos 647km com muita dor nas costas e pernas.

 

 

Nesse Terceiro dia rodei um total de 647km.

 

 

 

 

 

 

Observações para registro e melhorias futuras:

 

 

1 – A CB300R se mostrou valente, rodando quando dava entre 110km/h e 120km/h sem grande esforço.

 

 

2 – Autonomia da moto: Fiz média de 26km por litro.

 

 

3 – Por ser uma moto leve, sofre um pouco com o deslocamento de ar provocado pelos caminhões.

Tem vez que parece que vai sair da pista, mas depois de alguns minutos a gente acaba

acostumando com o trânsito pesado e se ajusta a pilotagem para diminuir o efeito do vento.

 

 

 

4 – O banco da CB300R não é nada confortável para viagens longas.

Acho que vou mandar fazer um banco mais confortável para ela.

 

 

 

5 – Tenho que aprender a usar melhor o GPS, mas já me virei bem com ele, embora

ainda não tenha entendido porque mesmo eu configurando para seguir por determinadas

estradas ele teimava em me mostrar alternativas muito ruins. Vou ver isso, pois se estabeleço

uma rota quero seguir por ela. Mas no geral é muito bom esse modelo que

tenho, pegou chuva, lama, poeira, trepidação e ainda está vivo....

 

 

6 – Planejamento da viagem: Cumpri os prazos previstos e visitei o que tinha estabelecido

dentro do tempo certo sem correria a aproveitando o máximo dos locais.

 

 

 

 

 

 

Pontos Negativos:

 

1 – No retorno, um carro fez uma ultrapassagem imprudente no sentido contrário e me

obrigou a sair da pista indo rapidamente para o acostamento.

Esses animais acham que podem tudo....

 

 

 

2 – Tenho que melhorar minha resistência para viagens mais longas.

Senti muito desconforto e cheguei em casa com muita dor nas costas.

(Anotado voltar para academia + troca do banco da CB).

 

 

3 – Não pude ir no churrasco do grupo....estava esgotado.

 

 

4 – Viajei com um problema no ouvido esquerdo, que me incomodou todo o caminho.

 

 

 

 

 

 

 

Foi uma viajem de aproximadamente 1.400km em 3 dias.

Deu para sentir como é fazer um bom planejamento bem como sentir meu rendimento com a moto.

 

 

Além disso, foi a primeira grande viagem que faço sozinho, o que me fez pensar melhor

nas contingências e tomar outros cuidados que normalmente não me preocupo

quando rodo em grupo, pois sei que em caso de problemas tenho retaguarda.

 

Isso vai servir de parâmetros para viagens futuras.

 

 

Percorridos: 1.400km