Serra do Rio do Rastro e Urubici

18 de Setembro de 2004 - SC

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Sábado dia 18.09.04, por incrível que pareça, saímos pontualmente no horário marcado 

7:00 hs, de Guaíba/RS, tendo como destino Urubici, próximo a São Joaquim. 

 

 

Eu Roberto (Falcon) e,  Munhoz (Twister) acompanhado de sua esposa Kátia. 

 

 

Os amigos aproveitando a bela paisagem da Serra Catarinense.

 

 

 

Combinamos que seria um passeio mesmo, sem correria, sem ficar contabilizando o número de paradas realizadas,

afinal tínhamos um dia inteiro para percorrer somente 480 km.. Nosso roteiro começou pela 290 até Glorinha onde

entramos em direção a Santo Antonio da Patrulha. Não tem como passar por lá, sem tomar um café e comer um

sonho. Seguimos pra Osório, depois Torres pela BR 101. 

 

 

 

 

 

O dia perfeito, bastante sol, paisagem aberta, estrada com pouco movimento e pro nosso prazer curvas e mais curvas.

Nossa velocidade ficava entre 90 e 100 km/h.. Um pouco antes de Sombrio  paramos para abastecimento. Chegamos

em Araranguá as 11:10hs onde encontramos o Marquinhos e sua esposa Regina, que haviam saído de

Guaíba na sexta-feira à tarde e pousado em Araranguá. Motivo, fazer no sábado de manhã a revisão dos

1.000 km, em sua Shadow 600, os dois eram alegria. 

 

 

Agora em três motos e cinco integrantes do LV, seguimos pela temível BR-101 até a entrada para Morro da Fumaça e

 Esplanada. Graças a Deus estamos fora da 101. Paramos em Urussanga por volta das 12:40 hs  para almoçar.

Restaurante Piatto D’oro, sou suspeito pra falar, por que já conhecia, mas a galera não queria

sair de jeito nenhum lá de dentro.

Sabe aquela comida italiana caseira em cima do fogão a lenha ? É isso. 

 

Passamos por Orleans, Lauro Muller, e aí começa a Serra do Rio do Rastro. Já subi e desci essa serra várias vezes de

carro, mas de moto era a primeira vez. Sensacional, paramos várias vezes durante a subida para admirar aquilo tudo e,

 tirarmos fotos. Levamos um susto na serra quando seguíamos um caminhão carregado, ao fazer uma curva, o cara

tava numa segunda e foi colocar uma primeira e, errou a marcha. Aquela jiripoca começou a voltar de ré, por sorte

estávamos bem devagar e paramos antes do início da curva. Mas foi só um susto. Imagino o cara dentro da boléia.

No mirante mais uma parada. Agora já nos campos de cima, mesmo que o relógio indicasse 15:50 horas.,

começamos a colocar roupa de frio. Vamos pra estrada, faltam mais ou menos 80 km. 

 

 

 

 

Serra Catarinense

Aí começa aquela paisagem serrana das casas típicas de madeira dos colonos, as taipas de pedras campo afora,

araucárias, felizmente ainda muitas araucárias e, curvas muitas curvas. Passando pelo Vale da Neblina já na chegada a

Ubirici um Belvedere, ali começamos a ter a  noção do que nos esperava. A vista da cidade é magnífica. Entramos na

cidade por volta das 17: 00 hs., indo direto para a Pousada Tíéquer, ao lado da Igreja, que pelo tamanho mais parece

uma Catedral. Fomos muito bem recebidos pela D. Helena e pelo Sr. Paulo. 

 

 

Cidade de Urubici/SC

 

 

 

Deixando as motos de lado...e partindo para o quatro rodas.

Como andar por estradas de terra e pedra com uma Shadow ? Se usada já é crime, zero então nem pensar. Dividir o

grupo jamais. Contatei um Guia Sr. Furlan, que tem uma Toyota 4x4, aquelas pioneiras. Após discutir com o grupo,

acertamos o preço e horário para nos apanhar na Pousada no outro dia. 

 

 

Pegando a Marinete

 

 

 

 

Depois de tirar a poeira do asfalto, saímos a noite para jantar no Zeca’s. Caminhando começamos  a perceber que

estávamos numa cidade com dez mil habitantes e toda tranqüilidade que isto representa. Celular ? 

Instalaram a primeira antena há dois meses e meio atrás, e da Claro. Dois dias e meio sem ligar  nem atender

celular, precisa dizer mais ?  Dormimos por volta das 23:30hs.. Café da manhã, e as 9:00hs. lá estava o seu

Furlan com sua Toyota, (Marinete nome dado na hora) na porta da Pousada. 

 

 

 

Radar da FAB

 

 

Fomos primeiro ao Morro da Igreja. São 1.822 metros acima do nível do mar. O dia ensolarado, céu de brigadeiro,

e um ventinho gelado. Não tem como descrever, nem as fotos retratam o que é o lugar. Ali ninguém fica insensível,

não tem como. Ou melhor, tem sim. Os intelectuais da Aeronáutica tiveram a coragem e, a infeliz idéia de colocar bem

no meio do parque, lá em cima do Morro, a naba do Sindacta. Com certeza não tinham outro lugar. Escolheram  a dedo,

uma maneira de destruir um bom pedaço daquele Santuário, além de proibir o acesso da população, para quem sabe,

a parte mais linda ainda do Morro. E dizem que são Brasileiros, tenho dúvidas!!! 

 

 

 

Na decida do Morro paramos na Cachoeira Véu de Noiva, são 60 metros de altura, no inverno boa parte da

cachoeira costuma congelar, show de bola. Primeira trilha, cachoeira dos namorados, bem 

escondidinha como requer o nome do local. 

 

 

Véu de Noiva

 

 

Continuamos caminhando, acho que o termo correto seria despencando, na mesma trilha na propriedade do

Sr. Furlan, chegamos a um Canyon com uns 200 m. de largura e 150 m. de profundidade. O homem, junto com seu filho,

está montando uma tirolesa que vai atravessar esse troço. Coisa de loco. Chegou a hora de subir o que descemos,

bem; aí bateu o horror. Subir não, foi uma verdadeira escalada. A única do grupo que esbanjou

preparo físico foi a Kátia, apressadinha. Eu e o Munhoz, que tristeza... 

 

 

 

 

Essa barranquinha tinha uns 200m de altura

 

 

 

 

Seguimos para a Serra do Corvo Branco. E dê-lhe novo banho de natureza. Passávamos por propriedades

simples porém, bem cuidadas, riachos com águas claríssimas em seus fundos de seixos. A gente chega

a passar mal com a pureza do ar e da água. Não estamos mais acostumados. 

 

 

 

Almoçamos na churrascaria do Tio Loro, atendimento realizado pela família, gente de casa. Após o almoço, rumamos

para a parte de baixo da cachoeira do Avencal, uma trilha leve para fazer digestão. Depois de marinete, fomos vê-la de

cima. Não dá pra perder. Infelizmente a tarde estava indo embora, paramos no Vale da Neblina para uma ceva, afinal

é muita trilha... depois inscrições rupestres e, chegamos na pousada as 17:40 hs

 

Rodamos aproximadamente 160 km.de marinete. Nesta noite saímos de moto, (bateu saudade), abastecemos e fomos

a Pizzaria Cor da Fruta. Rodízio com qualidade de pizza a la carte, ambiente e serviço de primeira. Na segunda-feira

de manhã, durante o café da manhã estávamos de olho na televisão, procurando a previsão do tempo. 

 

 

 

 

Nos contatos telefônicos com nossos familiares, todos diziam que estava chovendo forte desde a noite anterior.

Segunda-feira, com as tralhas arrumadas,  um até breve para os nossos novos amigos da pousada. São 9:00 hs.,

agora é estrada, tempo nublado, temperatura amena, e começamos a devorar as curvas. 

 

 

Quando chegamos no mirante da Serra do Rio do Rastro o bicho pegou, fechou uma densa  neblina, pouca

visibilidade, piso úmido, conduzimos nossas motos na ponta dos dedos. Afinal todo cuidado é pouco. Quase

no fim da serra já não havia mais neblina. Uma pena, porque descer a serra com tempo bom é sensacional. 

 

 

 

Abastecemos as motos em Urussanga. No trevo de Criciúma começou os primeiros pingos, imediatamente paramos

em um posto para colocarmos nossas roupas de chuva. A única coisa que eu precisava pra andar na chuva era da calça,

pois foi justamente o que eu esqueci. Deixei o pessoal colocando as roupas e, enrolei o cabo até  Araranguá,

para comprar uma roupa de chuva. Era meio dia, tudo fechado, até a revenda da Honda, só plantão de

vendas de motos. Por sorte os pingos acalmaram.

 

 

 

Voltei pro trevo, juntei-me ao grupo e, em Sombrio comprei a dita cuja. Almoçamos no Posto de Furnas. Saímos embaixo

de chuva, que nos acompanharia até Guaíba. Passamos pela estrada do mar e Free Way. Chegamos as 19:00 hs.

 

 

 

 

Rodamos 980 km, com a alma literalmente lavada. Mesmo com saudades de casa estávamos tristes por estar acabando

e, ao mesmo tempo, eu já estava pensando na elaboração do próximo roteiro. Só tenho a lamentar que num momento de

 distração: O infeliz aqui, deletou todas as fotos que havia tirado do passeio, (já estou matriculado num curso de fotografia)

por sorte sobraram as do Munhoz e do Marquinhos. Marquinhos, Regina, Munhoz e Kátia, obrigado pela companhia.

Vocês foram além da conta, vocês foram espetaculares. Urubici o Liberdade Vigiada voltará.

 

 

 

 

 

Serra do Rio do Rastro

 

 

Paticiparam da Viagem:

01 - Roberto - Falcon 400

02 - Marquinhos e Regina - Shadow 600

03 - Munhoz e Kátia - Twister 250

Fonte: Roberto A. Schaarschmidt

Liberdade Vigiada

 

 

Percorridos: 958km